quinta-feira

menino que despedaça corações


Às vezes tenho medo de te ver, de ter que te falar e não saber o que te dizer. Na verdade até sei, mas essas palavras ficam atravessadas na minha garganta e eu não as consigo atirar cá para fora. Não é que não as mereças ouvir, mas não saem, nem que as empurre. Faz hoje 2 anos que não sei nada de ti. Por onde andas? Sinto-me tão frágil, tão desprotegida e tão pequena. Falta-me o teu aconchego e o teu abrigo. Às vezes deixo de raciocinar, só tu me ocupas o pensamento. Já para não falar dos dias em que me assombras. Sim, assombras-me todo o dia e toda a noite. Chego a acordar com a tua voz a ecoar na minha cabeça. Já que me deixaste aqui sozinha, exposta a todos os perigos, porque não te desprendes do meu coração? Usas e abusas de tudo o que eu tenho para dar. Mas não posso, nem quero, dar mais. Vai-te embora de uma vez, menino que despedaça corações.

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